A Turma das Caveiras gosta muito de cozinhar no parque. São verdadeiros chefes. Hoje criaram receitas exóticas e bem interessantes: Cheesecakes, Bolos de pepino, de chocolate, chocolate com limão, chocolate com morango. E a Turma está disposta a compartilhar as receitas. São todas irresistíveis.
DESPROPÓSITOS INFANTIS
Criançando
Primeiro dia de aula após o recesso, algumas crianças vêm correndo ao meu encontro e uma delas fala:
_ Laís, Laís eu fui pra Disney nas férias e quando eu voltei ainda eram férias!!!
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa junta-se outra criança e conta:
_Eu fui para Vera Cruz!
E outra criança: _ Eu fui pra Minas!
E mais uma: _ Eu pintei as unhas!
Interessante o desejo de contar as novidades e a pureza na narrativa daquilo que trouxe alegria e contentamento nas férias de cada uma delas. Crianças são mesmo espontaneidade e encantamentos garantidos, por isso tatuei em meu braço esquerdo, bem perto do meu coração a frase abaixo.
Camila cria…
HISTÓRIA COLETIVA
CENTOPEIA, COISAS AMIGAS
(Autoras: Agatha, Ana Clara, Priscila e Maria Clara)
ERA UM DIA MUITO ENSOLARADO.
A MAMÃE ANA PAULA E A FILHINHA MARIA CLARA ESTAVAM NO PARQUE.
A FILHA FALOU:
_ MAMÃE ME DÁ UM SORVETINHO?
_ SIM FILHA EU TE DOU UM SORVETE PORQUE ESTÁ ENSOLARADO!
A VOVÓ CHEGOU AO PARQUE E A MARIA CLARA DEU OI.
JUNTO COM A VOVÓ VEIO A CLARINHA QUE É PRIMA DA MARIA CLARA.
DE REPENTE APARECEU UMA CENTOPEIA NO PARQUE.
TODAS VIRAM E ACHARAM QUE ERA DE BRINCADEIRA, ENTÃO SUBIRAM NA CENTOPÉIA E A CENTOPEIA ANDOU.
ELA MORAVA NO PARQUE.
A CENTOPEIA DISSE QUE ELA ERA DE VERDADE E QUEM QUISESSE PODIA SUBIR NELA PARA BRINCAR.
CHEGARAM MAIS DUAS PESSOAS NO PARQUE: JAQUELINE E REBECA.
SÓ TINHA UM BALANÇO. A REBECA PEDIU LICENÇA PARA BALANÇAR, MAS A MARIA CLARA NÃO DEIXOU.
REBECA DISSE: _ VAMOS EMBORA, MAMÃE?
A MÃE DA REBECA DISSE PARA MARIA CLARA:
_ MARIA CLARA TÁ NA HORA DE VOCÊS SEREM AMIGAS!
MARIA CLARA RESPONDEU:
TÁ BOM, PODEMOS SER AMIGAS E DERAM UM ABRAÇO DE MELHORES AMIGAS.
HISTÓRIA COLETIVA
TURMA DA VITÓRIA
De volta
“Pão e rosas”
As crianças precisam de pão e de rosas. O pão do corpo, que mantém o indivíduo em boa saúde fisiológica. O pão do espírito, que você chama de instrução, conhecimentos, conquistas técnicas, esse mínimo sem o qual corremos o risco de não conseguir a desejável saúde intelectual. E das rosas também — não por luxo, mas por necessidade vital. Observo o meu cão. Claro, precisa comer e beber para não ter fome e não ficar desesperado, com a língua de fora. Mas tem mais necessidade ainda de uma carícia do dono, de uma palavra de simpatia ou, às vezes, só de uma palavra; do afeto que lhe dá o sentimento do lugar — o qual desejaria muito grande — que ocupa no mundo em que vive; de correr por entre as moitas ou só uivar demoradamente nas noites de luar, talvez para ouvir ressoar a própria voz, como se ela abalasse magnificamente o universo. As crianças têm necessidade de pão, do pão do corpo e do pão do espírito, mas necessitam ainda mais do seu olhar, da sua voz, do seu pensamento e da sua promessa. Precisam sentir que encontraram, em você e na sua escola, a ressonância de falar com alguém que as escute, de escrever a alguém que as leia ou as compreenda, de produzir alguma coisa de útil e de belo que é a expressão de tudo o que trazem nelas de generoso e de superior. Essa nova intimidade estabelecida pelo trabalho entre o adulto e a criança, esse novo grafismo aparentemente sem objeto, valorizado pela matéria ou pela cor, esse texto eternizado pela imprensa, esse poema que é o cântico da alma, esse cântico que é como um apelo do ser para o afeto que nos ultrapassa — é de tudo isso que vive a criança, normalmente alimentada de pão e conhecimentos, é tudo isso que a engrandece e a idealiza, que lhe abre o coração e o espírito. A planta tem necessidade de sol e de céu azul, o animal não degenerado pela domesticação não sabe viver sem o ar puro da liberdade. A criança precisa de pão e de rosas” (Freinet (2004, p.81 – LIVRO PEDAGOGIA DO BOM SENSO).
A CORRESPONDÊNCIA ESCOLAR como título postado neste web log, agora vem com novidades, pois fora da sala de aula e da vida cotidianamente escolar da Turma do Lobo (AgII/III Integral) uma ideia surgiu. Iniciar uma Correspondência Escolar com eles. Eu falo de fora da sala e eles de toda sorte de situações de tateios que vivenciarão com suas professoras. As crianças serão portadoras das notícias da turma e eu a eterna curiosa e colaboradora partilhando ideias. Será uma nova experiência para mim e para a turma. Juntos criamos um vínculo afetivo e importante nos 23 dias que estivemos juntos. Aguardem…